A Conversão do Pior Homem do Mundo
2 Cr. 33.1-16.
1. A
história está eivada de homens maus
Os anais da história estão repletos
de homens que deixaram um rastro sombrio na nossa lembrança: Homens facínoras,
assassinos, feiticeiros, monstros bestiais, pervertidos celerados e déspotas
sanguinários. Homens incendiários como Nero. Homens traidores como Judas.
Homens perversos como Hitler. Homens truculentos como Mao Tse Tung.
Mas, talvez, nenhum homem tenha
excedido em perversidade a Manassés. Esse rei foi o décimo terceiro rei de
Judá. Reinou 55 anos, de 697 a 642 a.C. Seu nome significa “Aquele que esquece”
e ele esqueceu-se de Deus.
2. Poderia a
graça de Deus alcançar aqueles que descem até às profundezas da degradação?
Normalmente achamos que há pessoas
irrecuperáveis. Que há pecadores que estão fora do alcance da graça. A história
de Manassés vai nos mostrar que não há poço tão fundo que a graça de Deus não
possa ser mais profunda. A graça é maior do que o pecado. Onde abundou o pecado
superabundou a graça.
I. OS
PRIVILÉGIOS DE MANASSÉS
1. Ele era
filho de um pai piedoso
Ele cresceu bebendo o leite da
verdade e sugando o néctar da piedade. Ele cresceu num lar onde Deus era
conhecido e amado. Mas a piedade dos pais não é garantia que os filhos seguirão
o mesmo caminho. Manassés tinha exemplo. Tinha modelo dentro de casa. Seu pai
promoveu uma grande reforma espiritual em Judá depois do desastrado reinado de
Acaz. Ele limpou a casa de Deus.
2. Ele
assumiu o trono ainda jovem – v. 1
Manassés nasceu num berço de ouro e
começou e assumiu o trono de Jerusalém com doze anos de idade. Ele só teve
privilégios na vida. Ele esbanjou suas oportunidades. Ele desperdiçou todas as
coisas boas que Deus estava lhe dando desde cedo na vida.
3. Ele teve
o reinado mais longo de Judá – v. 1
Ele teve muito tempo para andar com
Deus, para fazer o que era certo e para arrepender-se dos seus pecados. Ele
governou 55 anos e nesse tempo ele fez o que era mau perante o Senhor. Ele
entupiu Jerusalém e a Casa de Deus de idolatria e se prostrou em altares de
estranhos deuses, provocando o Senhor à ira.
4. Ele teve
a advertência de Deus – v. 10
Deus não o deixou errar sem
advertência. Deus o alertou, o corrigiu. Enviou-lhe profetas, mas ele e o povo
não quiseram ouvir a voz de Deus. Fecharam o coração. Endureceram a cerviz.
Taparam os ouvidos à Palavra e à voz da consciência.
II. OS PECADOS
DE MANASSÉS
1. Ele
liderou o povo a pecar contra Deus v. 2,9
Manassés foi um líder mau. Ele usou
sua influência para desviar as pessoas de Deus. Ele levou sua nação a fazer
coisas piores do que as nações pagãs (v. 9). Ele tornou a edificar os altos, liderou
o povo na adoração de Baal. Ele se prostrou diante de todo o exército dos céus
(v. 3). Ele adorava as estrelas. Ele tornou-se um viciado em astrologia. Ele
tornou-se um místico inveterado. Tornou-se um apóstata, um náufrago na fé.
2. Manassés
profanou a Casa de Deus – v. 4,5,7
Ele fez pior que Acaz que fechou a
casa de Deus. Ele introduziu ídolos abomináveis dentro da Casa de Deus. Ele
profanou a Casa de Deus. Ele insultou a santidade de Deus e do culto.
3. Ele se
tornou um feiticeiro inveterado – v. 6
A feitiçaria de Manassés chegou a
ponto dele sacrificar seus próprios filhos a Moloque. Ele era adivinho. Era
agoureiro. Praticava feitiçaria. Tratava com necromantes. Ele consultava os
mortos. Ele era feiticeiro, espírita, pai de santo. Ele provocava o Senhor à
ira.
Há muitas pessoas mergulhadas até o
pescoço com feitiçaria, com espiritismo, com astrologia, com consulta aos
mortos, com misticismo pagão.
4. Ele
derramou muito sangue inocente – 2 Rs 21.16
Ele matou seus próprios filhos.
Matou filhos de outras pessoas. Ele mandou cerrar ao meio o profeta Isaías.
Flávio Josefo diz que todos os dias se sacrificavam pessoas em Jerusalém a
mando de Manassés. Ele era um homem mau, virulento, truculento, assassino e
sanguinário.
III. O JUÍZO
DE DEUS SOBRE MANASSÉS
1. A prisão
de Manassés – v. 11
Quem não escuta a voz da Palavra,
escuta a voz da chibata. Quem não atende a voz do amor, é arrastado pela dor. O
rei da Assíria prende Manassés com ganchos, amarra-o com cadeias e o leva
cativo para a Babilônia.
2. A humilhação
de Manassés – v. 11,12
Manassés desceu ao fundo do poço.
Ele é arrancado do trono, de Jerusalém. É levado como um bicho, com canga no
pescoço, em anzóis em sua boca e jogado numa prisão. Ele é levado para a
Babilônia, o centro da feitiçaria do mundo. Os ídolos da Babilônia que ele
adorava não puderam livrá-lo.
3. A
angústia de Manassés – v. 12
O pecado não compensa. Quem zomba do
pecado é louco. O homem será apanhado pelas próprias cordas do seu pecado.
Manassés está cativo, algemado, angustiado. Quem não escuta a voz, escuta a vara.
IV. A
CONVERSÃO DE MANASSÉS
1. A
infinita graça de Deus – v. 13
Quando lemos essa história temos a
vontade de dizer: agora bem feito! Ele deve pagar por todas as suas
atrocidades. Mas, este homem clama a Deus e o Senhor o salva. Deus é rico em
perdoar. Ele tem prazer na misericórdia. Não há causa perdida para ele.
Deus mandou Manassés para a prisão,
para não mandá-lo para o inferno. É um acidente, uma doença, uma tragédia
familiar. Deus está pronto a mover o céu e a terra para que você não pereça.
2. A
humilhação de Manassés – v. 12
A conversão começa com o
arrependimento, com a tristeza pelo pecado, com a consciência de que temos
feito o que é mau perante o Senhor. Manassés muito se humilhou perante Deus.
Ele caiu em si. Ele reconheceu seu erro. Ele não se justificou, nem endureceu
seu coração. Ele se curvou, se humilhou. Se arrependeu.
3. A oração
de Manassés – v. 12
Manassés vivera toda a sua vida
invocando os mortos, adorando os ídolos, levantando altares aos deuses pagãos.
Mas, agora, na hora do aperto, ele ora ao Deus do céu e este atende ao seu
clamor. Clame por Deus. Grite por socorro. Levante a sua voz. Ainda há
esperança para a sua alma.
4. A
salvação de Manassés – v. 13
Quando Manassés voltou-se para Deus,
Deus voltou-se para ele. Restaurou sua vida, seu reino, sua alma. Manassés,
então reconheceu que o Senhor é Deus. Deus o aceitou. Deus o restaurou. Deus o
levantou. Deus restituiu o seu reino.
5. As provas
do arrependimento de Manassés – v. 13-16
a) Aceitação
– (v.
13) – Os ouvidos de Deus estão abertos, suas mãos estão estendidas para você. O
Pai está pronto a receber o pródigo de volta e fazer uma festa. Não importa
quão longe você tenha ido e quando profundo o poço que você tenha caído, Deus
está pronto a perdoar você e aceitar você de volta para ele.
b)
Iluminação – (v.
13) – “Então reconheceu Manassés que o Senhor era Deus”. Deus pode abrir os
olhos da sua alma nesta noite. Ele pode abrir seu coração para crer. Ele pode
tirar a cortina dos seus olhos. Ele pode dar a você entendimento espiritual.
Ele pode revelar a você a glória do seu Filho Jesus Cristo.
c) Reforma – (v. 15) – Manassés fez uma
faxina na Casa de Deus e na sua vida. Ele tirou toda a abominação que ele mesmo
tinha colocado na Casa de Deus. Arrependimento implica em mudança.
d) Consagração
– (v.
16) – Manassés não apenas tirou o que estava errado, mas restaurou o altar do
Senhor. Ele começou a buscar a Deus novamente. Ele se voltou para Deus de todo
o seu coração. Ele foi convertido a Deus e passou a consagrar-se a Deus,
liderando sua nação a voltar-se para o Senhor.
CONCLUSÃO
Vamos ver algumas lições:
1) A piedade dos pais não é
garantia que os filhos vão andar com Deus;
2) A vida longa não é segurança do favor de Deus;
3) Não há grau de impiedade que esteja além do alcance da graça de
Deus e do perdão de Deus;
4) Não espere uma tragédia em sua vida para você voltar-se para
Deus.
5) O pecado é algo que Deus abomina e jamais ficará sem julgamento;
6) Hoje é o dia de você voltar-se para Deus de todo o seu coração;
7) Se você voltar-se para ele nesta noite, agora mesmo, ele ouvirá
seu clamor e restaurará a sua alma, dando-lhe a salvação!
Rev. Hernandes Dias Lopes